quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Não derruba o véio!

A pior coisa de se estar ficando velho é: Estar ficando velho. Não tem nada pior que isso (nossa! que grande constatação... consegui descobrir isso sozinho... eu acho). Eu to caminhando pro meu primeiro quarto de século e quando eu pensei nisso pela primeira vez me dei conta que era tempo pra caramba! Esse ano, em julho, faz uma década que eu conheço a Larissa, e uma década que sou apaixonado por ela... Como é que isso aconteceu? Ainda ontem eu tinha acabado de fazer 16... Ta bem, anteontem, por que também já faz quase uma década! Num faz nem 2 meses que a missão acabou! O casamento eu já não posso afirmar muita coisa por que desde o primeiro dia parece que a gente é casado a 15 anos, então não conta muito. Ainda ontem de noite eu tava saindo da Cruz Vermelha, e indo pra ALL. Hoje de manhã que tudo mudou e eu cheguei no Union.... Caraca! Coisa de louco esse treco que o bicho homem inventou de contar o tempo. Não serve pra nada, por que contando ou não é a gente piscar que lá se vai ele, e pra não voltar mais. Tá, injustiça minha dizer que não serve pra nada quando serve pra me mostrar que to ficando velho.
Esse sábado que passou a gente foi convidado pra ir numa festa de um piá de 17 anos. A Lari e eu somos muito diferentes. Ela gosta de sair, eu prefiro ficar em casa. Ela gosta de dançar, eu não sou um pé-de-valsa e o que eu danço ela não dança, mas sem levar em consideração esses pequenos detalhes lá fomos nós atravessar o pátio de casa, por que a festa era do vizinho, motivo de zuação até agora o fato da volta pra casa ter sido tão rápida, por que era só abrir o portão. E, de novo, eu to ficando velho. Primeiro que na minha época de 17 anos a molecada não se preocupava tanto em beber que beijar na boca era secundário. O pessoal tava tão ruim, mas tão ruim, que quando a gente chegou tinha uma sendo rebocada, pelos pais, pra casa por que bebeu demais e ela tomava tarja preta (na minha época quem tomava tarja preta ou era velho ou tinha algum problema realmente sério que impedia a pessoa de fazer qualquer coisa, inclusive ir numa festa). A gente tava do lado de fora do portão e a vizinha, que por acaso é minha Senhoria, veio receber a gente, um cadinho alterada.... Do lado de dentro só molecada bêbada, sem se pegando tavam, tinham um ou outro, mas eram um ou outro mesmo! Como não bebo, ir nesse tipo de festa significa o que? Comer! O que os bêbado não comem eu me encarrego! E a dona encrenca não fica nadinha perdida por que ela come também, se bem que nesse dia ela não comeu quase nada. Mas comi só uns dois sandubas, umas coxinhas, e uns três copos de coca, por que eu to ficando velho e esse tipo de coisa me faz mal agora. Os funks hoje em dia são só sexo, mais nada. Cada dia mais explicitos e sem conteúdo (bem nunca tiveram muito conteúdo mas pelo menos falavam de alguma coisa). Acho até que o nome do tipo musical deveria mudar de “funk” para “fuc*$”, não ia fazer diferença nenhuma pelo menos no Brasil. Mas a grande sacada da noite foi uma hora que um menino, que devia pesar uns 50 quilos de tão magro, esbarrou na Lari, e quase derrubou ela! Mais que depressa ela pensou no que o pai dela sempre fala: ‘ Não derruba o véio” e falou.... Fora da situação não faz tanto sentido, mas além de muito engraçado faz todo o sentido. Eu to velho o suficiente pra achar que 17 faz tanto tempo que talvez eu nem me lembre mais como foi....
É.... Não derruba o véio!

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